sexta-feira, 10 de abril de 2009

Devaneio em Branco...

Um cubo branco.
Silencioso, no momento em que é vibrante.
Cores pulsam pelas paredes... figuras que espiam.
Esculturas, estáticas que, movem-se aos olhoss que veêm...
Um cubo branco. Um espaço de arte.Para a arte.
Um cubo branco de respeito para com o artista, para com a obra de arte.
Um espaço de permissão do diálogo sensível entre sujeito e obra.
Entre apreciador e objeto;
Entre arte e olhares doces.
Um cubo que se permite viajar; por texturas, por formas, por aromas...
No que há de comum e no que há de único.
Um perpassar de fitas, rendas, pincéis, cinzéis, olhos, bocas...
Um constante revisitar;
Um constante admirar-se.
Imponente; firme; sólido; conceitual.
Divulgador e, por vezes comercial;
Antes das cifras o respeito; o apreço; o zelo...
Por aquilo que se chama de arte;
Por aquele que se chama artista.
Um porto. Um cais;
Para o que se tem de especial; de especiarias;
Para o que se tem de raro.
Um "porto" de encontro;
Um porto de arte, requinte e satisfação;
Um porto de artistas para artistas.
por Veronica Prokopp ( Academica de Artes Visuais - UFSM )

2 comentários:

  1. LUZOMBRA
    Não hà luz sem sombra nem sombra sem luz. Elas se pressupõem uma à outra, Assim como o cheio e o vazio, a vida e a morte. Costumamos achar que a luz é que revela e a sombra é que esconde. A luz acentua e distingue- mas também uniformiza, ofusca, confunde. Sombras por vezes se embaralham, se disfarçam de objetos, mas podem revelar formas, volumes ou texturas. Então qual nos revela, qual nos confunde, afinal? Ambas, amalzamadas, as duas coisas. ( Gilberto Franco,2008)

    ResponderExcluir
  2. Belo texto, Verônica! Parabéns.A sensibilidade e a poética da artista aflora também nas letras...

    ResponderExcluir