sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

AÇAFRÃO...

O açafrão é conhecido desde a mais remota Antiguidade, I sendo mencionado nos papiros do Egipto antigo nos séculos , XVIII e XIX antes da era cristã, bem como na Bíblia, no Cântico dos Cânticos e na Ilíada de Homero. Dois terços das receitas medievais levavam açafrão. A escola de Salemes, a mais famosa escola de medicina da Idade* Média, glorificava-o nestes termos: «O açafrão reconforta, tornando as ! pessoas felizes, e reforça os membros tratando o fígado.» i Na verdade, o açafrão é euforizante, mas um consumo excessivo pode ser mortal. Há quem diga que é afrodisíaco: desde a Antiguidade que se junta uma pitada de açafrão nos saquinhos de amor, e os italianos do Renascimento eram . grandes adeptos deste pó, que consideravam ser o estimulante amoroso por excelência.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Especiarias por toda parte...

Este texto, extraido de uma sinopse de carnaval - leia-se GRES Imperatriz Leopoldinense/ 2000 (na integra em http://www.galeriadosamba.com.br/), autoria de Rosa Magalhães, mostra o fascino e a importancia das "especiarias"...

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"A ordem do rei é navegar
E monopolizar riquezas de além-mar
Partiram caravelas de Lisboa
Com o desejo de comercializar
As especiarias da Índia
E o ouro da África"
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"Em carta aos reis católicos, contava Dom Manoel: "... Acharam grandes cidades, de grandes edifícios, ricos e de grandes povoação, mas quais se faz todo o trato de especiarias e predarias ... e trouxeram canela, cravo, gengibre e outros modos de especiarias ... e muitas pedras finas de todas as sortes, rubis e outros e ainda acaram terras em que há minas de ouro" (Safala, na África). Era intenção de Dom Manoel, instalar duas feitorias, uma em Safala (Moçambique) e outra em Calicute (Índia). É provável que fossem tais riquezas que enchiam a cabeça de Dom Manoel, ao enviar Cabral em expedição.

As especiarias tinham muito valor, são substancias muito ativas, caras, utilizadas para vários fins, como condimentos, isto é, tempero para os alimentos, remédios ou perfumaria. São condimentos, entre outros, a noz-moscada, o gengibre, a canela, o cravo e, naqueles tempos, a pimenta, a ponto de se usar a expressão "caro como pimenta". O alto valor das especiarias se explica pelos limites das técnicas da conservação existentes na época e também os hábitos alimentares.

A carne era armazenada e precariamente conservada pelo sal, sol ou defumação. Esses processos usados deixavam os alimentos intragáveis, e a pimenta, sobretudo, servia para disfarçar o gosto desagradável. Na África, trocavam trigo, tecidos e cavalos por ouro, marfim, escravos e pimenta malagueta, mais barata que as especiarias indianas. A dupla formada pelas especiarias e pelo ouro realmente era muito atraente..."